O vitimismo político e os R$ 55 milhões

      

Durante a
semana veio à tona as razões finais, apresentadas pelo Ministério Público, em
que pede a condenação da ”Acionada [a ex-prefeita de Valença-Ba, Jucélia
Nascimento] a ressarcir ao erário municipal o valor de R$ 55.274.743,70
(cinquenta e cinco milhões, duzentos e setenta e quatro mil, setecentos e
quarenta e três reais e setenta centavos”

                A
pré-candidata, no mesmo dia, foi às suas redes sociais informar que era vítima
de violência política, pedindo ajuda das autoridades; entretanto, a mesma, no
vídeo, não se manifesta do pedido de sua condenação, pelo órgão ministerial.

                Blogs
e sites alinhados à ex-prefeita vieram à carga: chamaram de fake news (mentiras) as informações
acima apresentadas, que reproduzimos:

Primeiro, não há mentira alguma:
o processo existe, É PÚBLICO, e a ex-prefeita é RÉ NO MESMO.

                Trata-se
de uma Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público do Estado da Bahia em
face da Sra. Jucélia Souza do Nascimento, ex-gestora do município de Valença.

De fato, não há condenação de
improbidade, mas esse é somente um dos pedidos realizados: o principal é a
devolução de R$ 55.274.743,70 (cinquenta e cinco milhões, duzentos e setenta e
quatro mil, setecentos e quarenta e três reais e setenta centavos), devolução
esta que deve ser realizada pela mesma.

                O
valor, inclusive, era maior de R$ 75.126.333,21 (setenta e cinco milhões, cento
e vinte e seis mil, trezentos e trinta e três reais e vinte e um centavos).

                A
ex-prefeita foi condenada? Não. Falamos isso? Não.

À medida que detalhes sobre a gestão passada de Jucélia Nascimento começam a se tornar amplamente divulgados pelas redes sociais, a ex-prefeita optou por se vitimizar, acusando injustamente de machismo e violência política. No entanto, é justo questionar: relatar os fatos sobre sua gestão realmente constitui um ato de machismo?

Os pseudo-“jornalistas”, motivados pelo PIX, rapidamente engrossaram o coro do vitimismo político na tentativa fútil de desviar o foco do debate.

Outra tática é a utilização do
sistema judicial como ferramenta de censura, ameaçando processar qualquer um
que ouse criticá-la.

No entanto, estamos plenamente
conscientes das artimanhas políticas por trás desses processos judiciais
intimidatórios. Essa tática antiquada não nos intimidará. O espaço para
manipulações está se reduzindo cada vez mais.

Ninguém nos impedirá de levar ao conhecimento da população os fatos sobre aqueles que administraram Valença. 

                Há
muito a ser revelado ainda até outubro.

Por A. N. Silva

Editor do Valença 360